Desenho infantil é a forma de arte criada por crianças, geralmente entre as idades de 2 e 12 anos. As crianças usam lápis de cor, canetas, giz de cera, tintas e outros materiais para expressar sua imaginação e criatividade. Os desenhos infantis podem variar amplamente em termos de estilo e qualidade, dependendo da idade e habilidade da criança.

Os desenhos infantis podem ser uma maneira importante para as crianças expressarem suas emoções, pensamentos e ideias. Eles também podem ajudar no desenvolvimento da coordenação motora fina, na capacidade de observação e na compreensão da representação simbólica.

Alguns temas comuns nos desenhos infantis incluem animais, casas, famílias, amigos, paisagens e objetos do cotidiano. Cada criança tem sua própria maneira única de desenhar e expressar sua criatividade.DE

Como analisar um desenho na Psicopedagogia?
psicopedagogo ao utilizar o desenho como instrumento investigativo busca compreender o que a criança quer dizer, mesmo que de maneira inconsciente, um desenho pode trazer em seus elementos muitas interpretações, que precisam ser analisadas dentro de um contexto, nunca de forma isolada.

O que é preciso para a leitura e a interpretação do desenho infantil?

Um dos desafios impostos aos educadores é justamente decifrar os traços desenvolvidos pela criança, saber o que significa, o que eles têm a falar. Os professores podem descobrir por meio de algumas orientações que a pesquisadora Nicole Bédard já elucidou em seu livro Como Interpretar os Desenhos das Crianças (Editora Isis, 1998). Ela apresenta meios para a compreensão dos desenhos, são eles:

– A posição do desenho: o local na folha em que a criança decide desenvolver seus traços revela as intenções que ela tem ao expô-los. Quando o desenho está na parte superior do papel, o pequeno relaciona a algo ligado à imaginação, à intenção de obter novas descobertas e ao seu intelecto. Já na parte mais abaixo, o aluno tem o objetivo de retratar as necessidades materiais e até físicas. O lado esquerdo está relacionado a pensamentos do passado; e o direito ao futuro.

– As dimensões do desenho: o tamanho da ilustração tende a mostrar alguma faceta da personalidade da criança. Quando o traçado é grande, o aluno demonstra sua posição de segurança. No entanto, pode ser também uma forma de o pequeno querer compensar a falta de atenção. “A mensagem neste caso seria: ‘olha, eu também existo!’” (BÉDARD, 1998). Por outro lado, quando o desenho tem dimensões menores, a criança não necessita de muito espaço e pode preferir ficar mais quietinha, embora não dispense companhia em alguns momentos.

– Os traços do desenho: através da sequência do traçado é possível observar detalhes internos dos alunos. Traços contínuos: indica perfil dócil e harmônico; personalidade que respeita o ambiente e preza pelo bem-estar. Traços manchados ou cortados: nesse caso, há uma insegurança latente, medo de mudanças. Traços oblíquos: eles demonstram que a criança tem vigor, força e obstinação.

– A pressão do desenho: quando o aluno traça o desenho de maneira forte, isso pode revelar entusiasmo e vontade, de acordo com Bédard (1998). Ainda assim, quanto mais força ele exerce sobre o traçado, maior pode ser a agressividade. Por outro lado, aqueles que desenham de forma mais leve (relativo à pressão exercida) tendem a ser menos convictos ou estar passando por situações de cansaço físico.

– As cores do desenho: a disposição das cores merece uma atenção maior, não que os outros tópicos sejam menos importantes, mas pelo fato de a simbologia delas pender para interpretações positiva e negativa. Vermelho: muita energia ou até mesmo situações de agressividade (não é uma regra necessariamente); laranja: necessidade de contato social; amarelo: alegria de viver e curiosidade; verde: maturidade; azul: harmonia e tranquilidade; introversão; preto: inconsciente; rosa: capacidade de adaptação; marrom: estabilidade; cinza: falta de segurança e possibilidade de ser influenciável.